Em ato no dia 18, Movimento Reage Odonto exige respeito da administração goianiense

O Sindicato dos Odontologistas no Estado de Goiás (Soego) vem a público manifestar sua indignação frente ao tratamento

O Sindicato dos Odontologistas no Estado de Goiás (Soego) vem a público manifestar sua indignação frente ao tratamento que os cirurgiões-dentistas têm recebido da prefeitura de Goiânia.

Este sindicato vem tentando, há muito, uma audiência com o senhor Prefeito objetivando discutir uma pauta de legítimas reivindicações, bem como resgatar compromissos de campanha. Esta reunião, até hoje, não aconteceu.

Esta indiferença se materializa desde 2005, quando a administração quebrou a isonomia de tratamento entre as profissões da área da Saúde. Historicamente, os profissionais da Saúde no setor público sempre tiveram seus vencimentos, vantagens e benefícios padronizados, de acordo com sua classificação e referência no plano de carreiras. Entretanto, esta realidade foi alterada pela Administração Municipal, na época da aprovação do atual Plano de Carreiras, Cargos e Salários dos profissionais da Secretaria Municipal de Saúde, em junho de 2010. A partir deste instante foi construída uma diferenciação que tem se acentuado ao longo dos anos, beneficiando uma única categoria em detrimento de todas as demais.

Como se isso não bastasse, as gratificações instituídas (Gratificação do Programa de Saúde da Família e de Urgência e Emergência) também sofreram quebra de isonomia, beneficiando uma única categoria. No recém-criado programa Mais Trabalho mais Saúde também foi institucionalizada a discriminação. Uma categoria, em particular, tem acesso a valores impossíveis aos demais. E, para receber mais, essa mesma categoria não precisa cumprir as metas com o mesmo rigor que os demais profissionais, que devem TRABALHAR MAIS PARA GANHAR MENOS. Por conta disso, a categoria odontológica não aderiu ao incentivo.

Este tratamento desigual tem gerado perdas consideráveis. Segundo cálculos, é um prejuízo que ultrapassa R$ 32.000,00 por ano.

Além do aspecto remuneratório, as condições de trabalho para a execução da política de Saúde Bucal do município nunca estiveram tão precárias. Existe um número considerável de profissionais, aprovados no último concurso da SMS, que até o momento não foram convocados para posse. Enquanto isso, a rede assistencial tem um déficit de quase noventa profissionais. O resultado desta equação (falta de condições de trabalho + ausência de profissionais) tem deixado a população praticamente ao desamparo na área dos atendimentos Odontológicos, gerando uma demanda represada praticamente impossível de ser sanada a curto e médio prazos.

Na maioria das unidades não se pode falar em condições de trabalho: simplesmente não há como trabalhar, estão em situação lamentável. As estruturas físicas depõem contra as normas da própria Vigilância Sanitária, faltam insumos e condições de segurança. Política de manutenção de equipamentos praticamente não existe. Quando há algum equipamento danificado, isso praticamente inviabiliza o atendimento naquela unidade por meses.

O Soego traz esses esclarecimentos a público, no sentido de que a população – consciente de que seus direitos não estão sendo garantidos – cobre do senhor Prefeito os compromissos assumidos em campanha, para a área da Saúde Bucal.

O Soego exige do município uma postura de RESPEITO E VALORIZAÇÃO à Odontologia, e isonomia no tratamento conferido a todos os profissionais da Saúde.

No dia 18 de março, às 8 horas, os cirurgiões-dentistas estarão comemorando os 10 anos de participação da categoria no Programa Saúde da Família de Goiânia. Haverá um café da manhã, na porta do Paço Municipal. Na ocasião, será realizada também uma assembleia para avaliar o andamento das negociações do Movimento Reage Odonto com o município seus encaminhamentos. Cirurgião-dentista da rede municipal de Goiânia, participe!

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