Goiânia: Em nova assembleia, trabalhadores rejeitam proposta da prefeitura

Ainda na segunda-feira pela manhã, cirurgiões-dentistas reunidos na sede do Soego deliberaram a manutenção da greve, mesmo com

Com o auditório Jaime Câmara lotado, trabalhadores optaram por dar continuidade ao movimento, até que a Prefeitura de Goiânia atenda a pauta de negociação de forma razoável. (Foto: Sindsaúde/GO)

Com o auditório Jaime Câmara lotado, trabalhadores optaram por dar continuidade ao movimento, até que a Prefeitura de Goiânia atenda a pauta de negociação de forma razoável. (Foto: Sindsaúde/GO)

Centenas de trabalhadores da Saúde de Goiânia se reuniram nesta manhã (28), para avaliar a proposta feita pelo Executivo Municipal aos servidores em greve. De acordo com a presidente do Sindsaúde/GO, Flaviana Alves, a Prefeitura apresentou uma nova proposta para repor a perda do Adicional de Insalubridade. A gestão propôs, a partir de setembro de 2015, repor 20% do pagamento do adicional para aqueles que perderam 30%. Para aqueles que perderam 10%, o prefeito pagaria 10% em janeiro de 2016. Atendendo a outra reivindicação dos servidores, o Paço Municipal sinalizou que há a possibilidade de haver eleições para gestores das unidades.

Com o auditório Jaime Câmara lotado, a sugestão do Paço foi apresentada, mas os trabalhadores optaram por dar continuidade ao movimento, até que a Prefeitura de Goiânia atenda a pauta de negociação de forma razoável. “A proposta é insuficiente, já que ela atenderia somente 10% dos trabalhadores. Nós estamos na luta por nenhum direito a menos e por isso, não vamos recuar até que todos os itens da pauta sejam atendidos”, afirmou a sindicalista.

Assembleia dos cirurgiões-dentistas, no dia 27, opta pela continuidade da greve.

Assembleia dos cirurgiões-dentistas, no dia 27, opta pela continuidade da greve.

Nesta segunda-feira, dia 27, pela manhã, cirurgiões-dentistas reunidos na sede do Soego deliberaram a manutenção da greve, mesmo com a pressão judicial e a decisão dos médicos em retornar ao trabalho. “Chegamos a uma situação irreversível. Não há condições de trabalho nas unidades e nossa remuneração está sendo ameaçada pelo município. Nós não vamos recuar diante do descaso e do desrespeito da administração de Goiânia com a Saúde e com os servidores”, afirmou José Augusto Milhomem, presidente do Soego.

"Situação da Saúde no município tem que mudar. Do jeito que está é impossível continuar", afirma presidete do Soego.

“Situação da Saúde no município tem que mudar. Do jeito que está é impossível continuar”, afirma presidente do Soego.

Quanto às outras reivindicações, a Prefeitura continua alegando que não há recursos financeiros para atendê-las. No entanto, os secretários do prefeito não souberam explicar porque a pasta da Saúde foi a única a sofrer redução de gastos. Na ocasião, foi informado ainda que os advogados do Sindsaúde/GO pediram a suspensão da liminar que determinou o retorno de 90% dos servidores às unidades.

Por melhores condições de trabalho e de assistência à população e por todos os outros itens da pauta de reivindicação, os servidores continuam mobilizados e concentrados na Câmara Municipal. Uma nova assembleia já foi agenda para a próxima terça-feira, dia 5, às 8h30, no Auditório Jaime Câmara da Câmara Municipal. Enquanto isso, o comando de greve continuará visitando todas as unidades de saúde da capital.

Nesta quarta-feira, dia 29, os servidores participam de um protesto na Praça do Bandeirante, às 8 horas, contra as agressões da Guarda Municipal de Goiânia. Às 14 horas, eles participarão de uma audiência pública na Câmara Municipal para discutir a reforma administrativa da Prefeitura. Já na sexta-feira, dia 1º, os servidores participam dos atos promovidos pela CUT em comemoração ao Dia do Trabalhador.

Confira a pauta completa de reivindicação dos servidores da Saúde:
-Condições de trabalho e de assistência à população;
-Data-base 2014 e 2015 com a retroatividade;
-Cumprimento do Plano de Carreiras, Cargos e Vencimentos (PCCV);
-Piso nacional dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e de Combate às Endemias (ACE);
-Auxílio – insalubridade;
-Auxílio – movimentação;
-Alimentação de qualidade;
-Abono especial;
-Manutenção do quinquênio em 10%;
-Eleições para gestor das unidades de saúde.

Soego com Sindsaúde/GO

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