Trabalhadores goianos decretam: "Não vai ter arrego: nenhum direito a menos!"

Ato reuniu mais de 2 mil trabalhadores em passeata pelo centro de Goiânia, no "esquenta" para a Greve

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Trabalhadores se concentram em frente à Assembleia Legislativa em protesto contra medidas dos governos Estadual e Federal. (Foto: Sindsaúde)

A Paralisação Nacional convocada pelas centrais sindicais em Goiás – Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas) e Central da Classe Trabalhadora (Intersindical) – levou cerca de 2 mil pessoas à Assembleia Legislativa de Goiás e, após o ato político, a uma caminhada pelo Centro de Goiânia, com uma parada estratégica no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, sede administrativa do governo do Estado.

O ato foi marcado pela presença da juventude, que compareceu com palavras de ondem contra o governo golpista de Michel Temer e a intenção do governador tucano Marconi Perillo de entregar as escolas para Organizações Sociais (OSs), terceirizando assim a educação pública estadual em Goiás, a exemplo do que ele já fez com as unidades hospitalares, onde, volta e meia, vêm à baila denúncias de corrupção e falta de atendimento.

Trabalhadores e trabalhadoras da Saúde e da Educação compareceram ao ato, a exemplo dos professores e técnicos administrativos da Universidade Federal de Goiás (UFG). Por sinal, os servidores da rede estadual de Saúde estão em greve desde segunda-feira (20), em luta pelo pagamento da data-base e contra a retirada de direitos.

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Protesto também incluiu repúdio à política estadual de OSs na Educação. (Foto: CUT-GO)

Greve Geral
A Paralisação Nacional desta quinta-feira (22) é considerada um “esquenta” para a Greve Geral. Tanto a UFG quanto os professores da rede estadual de Educação estão convocando assembleias com indicativo de greve. “Se não garantirem o pagamento do Piso do Magistério e continuarem insistindo em entregar a Educação para as OSs, nós vamos parar”, declarou a presidenta do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima.

Bia observou que os educadores lutaram muito para garantir 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a Educação. “Isso atiçou aqueles que querem ganhar dinheiro em cima da Educação”, disse.

Presidente da CUT Goiás, Mauro Rubem salientou o desmonte que o governo golpista de Michel Temer vem fazendo no Brasil. “Os concursos públicos deixarão de acontecer, as carreiras dos servidores públicos estão indo para o espaço e nós, classe trabalhadora, temos de ignorar as ameaças e ir para a rua defender nossos direitos e conquistas. Juntos somos fortes”, declarou.

Saúde

Trabalhadores, em massa, comparecem à protesto nacional contra medidas dos governos Marconi e Temer. (Foto: Sindsaúde-GO)

Trabalhadores, em massa, comparecem à protesto nacional contra medidas dos governos Marconi e Temer. (Foto: Sindsaúde)

Flaviana Barbosa, presidenta do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde) salientou a unidade da categoria na defesa dos seus direitos: “Não haverá arrego. A greve continua até que o governo estadual arquive o projeto que reduz e extingue a produtividade e pague efetivamente os anos de atraso da data-base”, afirmou.

O presidente do Soego, José Augusto Milhomem, reforçou que o movimento dos trabalhadores já está colhendo frutos, “tendo em vista o recuo temporário do governador que determinou a anulação de decreto que alterava o quantitativo e os valores do Prêmio Incentivo e Prêmio Adicional pago aos servidores da Saúde Pública Estadual”, observou.

Saiba mais:
Médicos da Secretaria Estadual de Saúde também decretam greve

Fonte: CUT-GO (editado)

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