Soego entrevista novo presidente da FIO, José Ferreira Campos Sobrinho

José Ferreira Campos Sobrinho, formado em 1974 pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Professor universitário durante

Presidente da FIO, José Ferreira Campos Sobrinho. Foto: Rodrigo N. Leles

Presidente da FIO, José Ferreira Campos Sobrinho.
Foto: Rodrigo N. Leles

José Ferreira Campos Sobrinho, formado em 1974 pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Professor universitário durante 30 anos, da mesma instituição, está aposentado, mas atua no sindicalismo em defesa da Odontologia desde 1976. É um dos fundadores da Federação Interestadual dos Odontologistas (FIO), tendo sido seu primeiro vice-presidente. Campos, como é chamado informalmente, é o novo presidente eleito da Federação para o triênio 2013/2016. Ele concedeu entrevista ao Soego sobre esta nova etapa da FIO, tendo-o à frente da instituição.

1) Quais os principais desafios para a próxima gestão da FIO na sua opinião?
JF – Nosso primeiro desafio é dar amplo conhecimento a todos os colegas da atuação da FIO, em todos os seus setores de atuação. O segundo desafio é dar forte continuidade ao trabalho da Comissão Nacional de Convênios e Credenciamentos, cujo assunto tem sido um tormento para milhares de dentistas que participam dos convênios e credenciamentos, sobretudo devido à má remuneração destes profissionais. Nós estamos lutando junto com a comissão, que possui um planejamento estratégico a ser cumprido até 2015.

2) E como está o trabalho das Comissões Estaduais de Convênios e Credenciamentos?
JF – Estamos articulados em 23 Estados do país, além do Distrito Federal. É necessário ampliar este leque de atuação e, justamente por isso, temos feito o trabalho da CNCC dentro de congressos, nos quais estão presentes nossos colegas cirurgiões-dentistas. Nós pretendemos fazer, neste mês de janeiro ou fevereiro, uma grande reunião com as Comissões Estaduais no congresso de São Paulo da ABCD.

3) Na sua opinião, falta suporte de algum órgão público no apoio e na consolidação deste trabalho da CNCC?
JF – Uma dificuldade é o fato da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) não se envolver nesta discussão, trabalhando apenas com o usuário e com a prestadora de serviço, sem olhar o lado do profissional. Outra é a própria dificuldade do profissional em parametrizar seu serviço, devido ao poder econômico das operadoras e ao nível de competitividade do mercado. Criaram a BB Dental, com 75% do capital do Banco do Brasil e o restante da Odontoprev, com planos voltados para as classes C, D e E – planos baratos que remuneram muito mal o cirurgião-dentista. É uma luta desigual, porque você não tem um órgão federal que regulamente isso e, tudo que chega ao Congresso Nacional, no sentido de regulamentar isso não avança, devido ao lobby das operadoras junto aos parlamentares. Mas, apesar disso, nós estamos muito bem estruturados, com um plano nacional de trabalho, que vai ser cumprido.

4) Quais projetos em relação à Odontologia avançaram neste último ano?
JF – Dentro das políticas públicas de Saúde temos o Brasil Sorridente, o Programa Nacional de Saúde Bucal através dos CEO’s e da Estratégia de Saúde da Família. Temos avançado muito na parte de reabilitação oral, na faixa etária de 65 a 74 anos. Nós temos as Diretrizes Nacionais de Saúde Bucal, que precisa ser ampliado.

5) E aqueles relacionados à Odontologia no Congresso Nacional?
JF – São muitos e nós temos acompanhado, inclusive com assessor parlamentar contratado especialmente para isso. Estamos acompanhando todos os projetos, mas sabe-se que lá dentro é uma luta muito grande. O último aprovado recentemente foi o da Odontologia Hospitalar, que é a obrigatoriedade do dentista na UTI. Temos ainda o do piso salarial, importantíssimo para nós e o da carreira de Estado da Saúde para os profissionais do SUS, importante para todos os profissionais de Saúde.

6) Como o senhor avalia a parceria entre a FIO e o Soego?
JF – O Soego é um elo muito importante da nossa cadeia. Juntamente com os 13 sindicatos que compõem a FIO o Soego é, sem dúvida, um elo muito forte e imprescindível no desenvolvimento deste nosso trabalho.

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