Prestação de Contas: Servidores deixam Paulo Garcia na saia justa

A prestação de contas da Prefeitura de Goiânia, ocorrida na manhã desta segunda-feira, dia 4, na Câmara Municipal

Servidores fazem pressão em Paulo Garcia durante prestação de contas na Câmara Municipal. (Foto: Câmara Municipal de Goiânia)

Servidores fazem pressão em Paulo Garcia durante prestação de contas na Câmara Municipal. (Foto: Câmara Municipal de Goiânia)

A prestação de contas da Prefeitura de Goiânia, ocorrida na manhã desta segunda-feira, dia 4, na Câmara Municipal foi bastante tumultuada. Ao comparecer, o prefeito Paulo Garcia foi recebido com muita indignação pelos servidores municipais que acompanhavam a sessão das galerias do plenário com apitaço, vaias e cartazes.

Os servidores classificaram como insuficiente as explicações do chefe do Executivo, que não esclareceu a motivação de tanto “abandono” na saúde pública e da falta de compromisso com os trabalhadores do município, mesmo afirmando que “não há crise no município, apenas o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)”.

Saia justa
Durante a fala de Paulo Garcia, as frases “Prefeito caloteiro devolva meu dinheiro” e “Prefeito sanguinário devolva meu salário”, foram entoadas por diversas vezes chamando a atenção de todos dentro do plenário. O prefeito até tentou disfarçar o constrangimento, mas suas expressões faciais não negavam a saia justa.

Inicialmente, muitos servidores foram impedidos pela Guarda Municipal de acompanhar a prestação dentro do plenário. A segurança da Câmara Municipal – que estava reforçada – alegava que a galeria estava lotada e ninguém mais podia entrar. Depois de muita insistência por parte de alguns vereadores, a entrada foi liberada.

Além dos vereadores, os servidores também puderam questionar Paulo Garcia. Em relação ao corte de direito dos servidores, ele mais uma vez, usou a LRF como argumento para justificar a retirada de direitos. Sobre as negociações da greve, o prefeito afirmou que ninguém mais do que ele tinha interesse tanto em negociar. Os servidores o chamaram de mentiroso e o vaiaram por alguns minutos.

Sem comparecer pessoalmente a nenhuma negociação com o comando de greve, apesar de dizer que tem feito isso, Paulo Garcia encerrou sua participação alegando que toda a cidade iria ganhar com as medidas austeras que estão sendo implementadas pela Prefeitura de Goiânia. Os trabalhadores entoaram uma grande vaia. Acompanhados de seus secretários, e sem falar com a imprensa, o prefeito saiu apressado pelo acesso restrito ao plenário.

Soego com Sindsaúde

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