Conjunto dos servidores do município de Goiânia decide por greve

Em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira, dia 9, na Câmara Municipal, o conjunto dos servidores municipais da

Servidores da Saúde de Goiânia decidem por greve geral a partir de 13 de abril. (Foto: Sindsaúde)

Servidores da Saúde de Goiânia decidem por greve geral a partir de 13 de abril. (Foto: Sindsaúde)

Em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira, dia 9, na Câmara Municipal, o conjunto dos servidores municipais da Saúde de Goiânia deliberou iniciar um movimento de greve geral, a partir do próximo dia 13 de abril. A causa, segundo o presidente do Soego, José Augusto Milhomem, é o não atendimento às reivindicações dos servidores, que incluem o cumprimento do Plano de Carreira e o pagamento retroativo da data-base 2014 e 2015. Também na segunda-feira, dia 13, às 8 horas, os cirurgiões-dentitas do município decidem em assembleia, na sede do Soego, a adesão ao movimento.

“Nós, assim como o conjunto dos servidores de Goiânia, não aguentamos mais. A greve parece ser, neste momento, a única forma de enfrentar o rolo compressor do prefeito que – ao nosso ver – quer consertar todos os desatinos da administração sobretaxando a população e os profissionais liberais e penalizando os servidores, com o corte de direitos e benefícios adquiridos ao longo do tempo”, afirmou José Augusto.

Na assembleia, foi formada ainda uma comissão para definir e intensificar as ações. O Comando de greve vai se reunir nesta sexta-feira, dia 10, às 8h30, novamente na Câmara Municipal para articular os próximos passos, inclusive com sindicatos de outros ramos de atividade, como a Guarda Municipal e a Educação.

A expectativa é que os quase 10 mil profissionais da Saúde cruzem os braços por tempo indeterminado até que a Prefeitura restabeleça os benefícios que foram cortados. Outra reivindicação é o pagamento do piso nacional dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e de Combate às Endemias (ACE). Uma lei federal estipulou o valor em R$ 1.014,00.

Desabafo
Os servidores aproveitaram a assembleia para desabafar. O corte de benefícios, a falta de condições de trabalho e o descumprimento da lei trabalhista tem tornado árduo o trabalho daqueles que cuidam da vida. Eles relataram que o descaso da Prefeitura de Goiânia vem deixando a situação insuportável para os trabalhadores e a população.

Desde o ano passado, os servidores tentam negociar com gestão o pagamento retroativo do reajuste salarial de 2014 e cobram o cumprimento dos acordos firmados na Mesa de Negociação. Eles se referem ao Auxílio-movimentação e ao Abona especial, que corrige as perdas do Adicional de Insalubridade. Até agora, não houve avanço e a Prefeitura ameaça retirar mais direitos, com o projeto da Reforma Administrativa. Recentemente, chegou à Câmara Municipal um projeto de lei que reduz o valor do quinquênio de 10% para 5%.

A pauta completa de reivindicação dos servidores do município inclui:

-Data-base 2014 e 2015 com retroatividade;
-Plano de Carreira, Cargos e Vencimento (PCCV);
-Piso Nacional dos ACS e ACE;
-Condições de trabalho;
-Correção do Adicional de Insalubridade;
-Auxílio-movimentação;
-Alimentação;
-Abono especial.

Soego com Sindsaúde

Pin It

Deixe um Comentário