Em Assembleia realizada na manhã desta sexta-feira, dia 4, na sede do Soego, cirurgiões-dentistas da rede municipal de Goiânia optaram por decretar o fim de sua participação na greve da Saúde.
De acordo com o presidente do sindicato, José Augusto Milhomem, a avaliação dos odontologistas é de que a liminar judicial conseguida pela prefeitura de Goiânia, determinando que a manutenção da legalidade da greve dependeria de 80% do atendimento em funcionamento – e somente 20% paralisado – esvaziou o movimento.
“Vamos continuar com as mobilizações, no sentido de exigir condições de trabalho, chamamento dos concursados e valorização salarial por parte do governo. “, pontuou o presidente.
“Vale ressaltar que das 63 unidades com atendimento odontológico na Capital, apenas 16 funcionam totalmente, sete funcionam parcialmente e as 40 restantes estão paradas por falta de condições de trabalho, seja de equipamentos, seja de estrutura física ou de recursos humanos. Isso significa que praticamente 75% do atendimento odontológico está paralisado desde muito antes desta greve, por responsabilidade da própria prefeitura. Essa é inclusive uma das bandeiras da greve: garantir condições de trabalho. Chega a ser irônico a prefeitura nos exigir, por meio de liminar, o cumprimento de 80% das atividades odontológicas, quando 75% das unidades não funcionam”, complementou Milhomem.
Manifestação
Ainda segundo o presidente, haverá manifestação dos servidores da Odontologia em frente ao Ministério Público de Goiás na quarta-feira, dia 9, às 8h30. Dentre as questões que serão levadas ao MP/GO está a própria situação de precariedade da Odontologia em Goiânia.
“Apesar do fim da greve, as atividades de mobilização e de pressão junto ao município, pela efetividade das negociações, continuam”, finaliza Milhomem.