Servidores mantém fôlego e decidem que a greve continua

Como se não bastasse o sobrepreço que a inflação impõe nos alimentos, os trabalhadores da Saúde ainda convivem

Cirurgiões-dentistas da SES, organizados pelo Soego, firmes na greve da Saúde.

Cirurgiões-dentistas da SES, organizados pelo Soego, firmes na greve da Saúde.

Como se não bastasse o sobrepreço que a inflação impõe nos alimentos, os trabalhadores da Saúde ainda convivem com a sombra da mão de um Governo que não larga o bolso do trabalhador. Essa caça desesperada por direitos trabalhistas, já retirou 48% do salário de cada pai e mãe de família.

Num ato de sobrevivência, mas sobretudo de bravura, os servidores estaduais da Saúde estão numa luta que já completa 25 dias. Em assembleia no último dia 13 de outubro, esses trabalhadores mantiveram o fôlego e decidiram, em Assembleia Geral, manter os braços cruzados até que o Governo devolva cada direito que lhes foram retirados.

Mantendo a intransigência que lhe é contumaz, o Governo de Goiás se recusa em aplicar a correção inflacionária (data-base) de 2007 a 2010 e de 2015 e 2016.

Para se ter uma ideia, é como se o salário dos servidores estivessem congelado, parado no tempo e sem nenhuma alteração por seis anos.

Nesse período, o salário-mínimo se valorizou, aumentou de tamanho e proporcionou maior poder de compra para milhões de brasileiros.

Na contramão desse progresso, o salário dos servidores continuou estático, guardados no fundo de uma geladeira que foi abandonada pelo Governo.

“Essa crise não é nossa. Não fomos nós que causamos. Então por que temos que pagar por ela?”, indagou Lucas Alcântara, uns dos servidores que aderiu a greve e que estava na assembleia geral.

Nessa queda de braço, os servidores da Saúde se mantém firmes e aguardam a realização de uma nova rodada de negociação que está previsto para acontecer nos próximos dias. “Os cirurgiões-dentistas da SES estão firmes junto com as demais categorias. Temos certeza que se permanecermos unidos obteremos a vitória, como conquistamos em relação ao município de Goiânia, na última greve das categorias”, pontuou o presidente do Soego, José Augusto Milhomem.

Eles prometem não arredar os pés até que o Governo pague todos os direitos. E, por isso, já agendaram uma nova assembleia geral para o dia 19 de outubro às 14 horas na Assembleia Legislativa de Goiás, local de concentração do movimento.

Fonte: Sindsaúde-GO

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