Após uma rodada de negociação com a equipe da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan), os servidores estaduais da Saúde, em greve há 44 dias, aguardavam – em assembleia geral realizada nesta terça-feira, 1º de novembro – pela apresentação de uma proposta do governo. “Como isso não ocorreu, foi decidido por unanimidade a continuidade da greve”, afirmou o vice-presidente do Soego, Antônio Bauer.
CARREATA – Pela manhã, os trabalhadores realizaram uma grande carreata pelas ruas centrais de Goiânia. O intuito foi denunciar à população o descaso com a rede estadual de saúde pública, os seis anos sem reajuste salarial, o descumprimento do Plano de Carreiras dos servidores e a falta de condições de trabalho.
Desde o início da greve, no dia 20 de setembro, os trabalhadores conseguiram que o governador revogasse o Decreto 8.747 – que limitava o quantitativo de servidores que receberiam o Prêmio de Incentivo (gratificação de produtividade) e conquistaram o arquivamento do Projeto de Lei 2759/16 que reduziria essa gratificação pela metade. Além disso, os grevistas conquistaram também o pagamento da segunda parcela do enquadramento do Plano de Carreiras, previsto para acontecer ainda este ano.
Negociação
Nas últimas semanas, dirigentes das entidades representativas dos servidores têm se reunido com um grupo de trabalho formado por membros técnicos da Segplan e da Secretaria Estadual de Saúde, designado pelo titular da pasta, Joaquim Mesquita, com o objetivo de avaliar as perdas inflacionárias dos servidores e encontrar alternativas para a recomposição da data-base de 2007, 2008, 2009, 2010, 2015 e de 2016.
O grupo técnico da Segplan comunicou ao comando de greve que já foi realizado o estudo do impacto financeiro da aplicação dos 47,68% das perdas salariais – referente a data-base – sobre a tabela de vencimentos do Plano de Carreiras.
Eles informaram também que o estudo foi emitido ao secretário de Saúde, Leonardo Vilela, e ao ConSind (Conselho Estadual de Políticas Salariais e Recursos Humanos). As instâncias irão analisar e apresentar uma proposta aos servidores.
Protesto
Após as deliberações na assembleia geral, os servidores saíram em caminhada até o Palácio Pedro Ludovico Teixeira – sede administrativa do governo – para protestar contra o marasmo do governo na tratativa das negociações.
Aguardando por uma proposta que recupere as perdas salariais acumuladas nesses seis anos, os trabalhadores da Saúde decidiram agendar uma nova assembleia geral para o dia 8 de novembro.
Fonte: Sindsaúde/GO (editada por Soego)