As entidades sindicais que representam os trabalhadores e trabalhadoras da saúde no Município de Goiânia vêm a público, por meio desta nota de repúdio, expressar sua insatisfação e indignação quanto à forma desrespeitosa que a Prefeitura de Goiânia tratou os servidores públicos, especialmente os da saúde, nessa última gestão.

É inaceitável que a administração municipal tenha tratado de forma irresponsável e discriminatória os servidores da saúde, na medida em que não assegurou o mesmo tratamento dispensado aos demais servidores, quando não efetuou o pagamento dentro do mês de dezembro trabalhado, prejudicando em torno de nove mil servidores, que ficaram com seu natal, ano novo e janeiro prejudicados.

É inadmissível que o Prefeito e seus secretários não tiveram a hombridade de receber os representantes das entidades sindicais e os próprios servidores para discutir de forma séria, transparente e honesta sobre a situação do pagamento salarial. Fizeram um teatro nas mídias, apresentaram versões contraditórias e inverídicas, manipularam informações, a secretaria de saúde abandonada pelo secretário, sempre sob a tutela omissa do prefeito, para no final não pagar os salários e usar o dinheiro para priorizar as empreiteiras, fornecedores e apaniguados.

O salário é o meio de sobrevivência e seu atraso ou o não pagamento dentro das datas historicamente realizadas, inclusive por gestões anteriores, provoca transtornos desnecessários, vexatórios e irreparáveis. Muitos servidores estão impossibilitados de honrar seus compromissos financeiros, enquanto outros já calculam os prejuízos com juros, multas e outros encargos. Foi por isso que a Constituição Federal elevou o salário ao nível de direito fundamental, mantendo-o sob o manto protetor de todas as garantias e direitos fundamentais.

Além desse calote do salário dos servidores da saúde, é imperativo lembrar que essa gestão deixará como herança um rombo de mais de 200 milhões no Instituto de Previdência, vários processos por não aplicação ou supressão dos direitos dos servidores, Instituto de Saúde desacreditado junto aos prestadores de serviço e seus segurados, falta de funcionários para atender a demanda da sociedade e o sucateamento das unidades e serviços de saúde.

As entidades sindicais e os trabalhadores fizeram sua parte! Denunciaram aos órgãos competentes e à sociedade, promoveram manifestações, paralisações e greves, mas infelizmente o Governo não teve

a sensibilidade de buscar soluções que poderiam ser construídas com os trabalhadores. Ao contrário, continuou com o mesmo descaso e desrespeito com os servidores e à sociedade.

A certeza é, sobrevivemos a essa gestão, e continuaremos na luta diária defendendo saúde pública para todos e dignidade para quem cuida da vida dos goianienses. Esperamos que o próximo prefeito garanta o pleno funcionamento da secretaria de saúde, em consonância com os princípios que norteiam o SUS, e que pague imediatamente os salários de dezembro de 2016, visando assegurar o sustento dos pais e mães de família que são funcionários da Prefeitura de Goiânia.

SINDSAÚDE/GO – SOEGO – SIMEGO – SINFAR/GO – SIEG SINTASB – SINDIFFISC – CNTSS – CUT/GO

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