Goiânia: Trabalhadores da Saúde decidem pelo fim da greve

Há 26 dias com as atividades paralisadas, os trabalhadores da saúde pública de Goiânia aprovaram na manhã desta

Servidores da Saúde votaram nesta quinta (8), pela manhã, o fim da greve em Goiânia. (Foto: Soego)

Servidores da Saúde votaram nesta quinta (8), pela manhã, o fim da greve em Goiânia. (Foto: Soego)

Há 26 dias com as atividades paralisadas, os trabalhadores da saúde pública de Goiânia aprovaram na manhã desta quinta, dia 8, em Assembleia Geral, o fim da greve no município. Após uma longa e exaustiva luta pelo retorno de seus direitos e por melhores condições de trabalho, os servidores decidiram encerrar a paralisação, voltando à dura realidade das unidades de saúde que estão precárias e sem abastecimento de medicamentos.

Durante a Assembleia, diversos trabalhadores relataram as péssimas condições de trabalho às quais são submetidos diariamente. Como paredes mofadas, esgoto ao céu aberto e até proliferação de ratos e insetos. Além disso, faltam medicamentos, equipamentos adequados e quase todo tipo de insumos.

Apesar das dificuldades, os servidores votaram e aprovaram as propostas da prefeitura de Goiânia, enviadas às entidades representativas das categorias. São elas:

1) Reajuste da data-base de 2015 (7,93%), já aprovado na Câmara e sancionado pelo Chefe do Poder Executivo: será creditado o percentual de 1,5% na folha de pagamento do mês de maio /2015, 1,5% em setembro/2015 e o restante no mês de janeiro/2016;
2) Fica mantido o percentual de 10% para o quinquênio;
3) As refeições fornecidas atualmente serão substituídas pelo cartão-alimentação;
4) Em julho/2015 terá início – por ordem prioritária por deferimento de processos – os adicionais de titulação e aperfeiçoamento e de incentivo a profissionalização disposto no Plano de Cargos e Salários da Função Saúde (Lei nº 8.916/2010);
5) Pagamento de 1/3 (um terço) das Progressões Horizontais do Plano de Cargos e Salários da Função Saúde (Lei nº 8.916/2010) em setembro/2015 e o restante em dezembro/2015;
6) Abono, a partir de janeiro/2016, para compensar exclusivamente os servidores lotados na Secretaria Municipal de Saúde que perderam o adicional de insalubridade, na data da sua retirada. O valor do abono será de 10% (dez por cento) para os servidores que perderam parte do adicional de insalubridade e de 20% (vinte por cento) para aqueles que perderam 100% (cem por cento) do benefício. O pagamento do abono fica condicionado ao crescimento real acima de 3% (três por cento) da receita corrente líquida verificada no exercício de 2015. Não terão direito ao recebimento do abono os servidores que forem remanejados a órgão diverso da Secretaria Municipal de Saúde;

Com a decisão, os trabalhadores retornam imediatamente às unidades de saúde da capital. Caso a prefeitura não cumpra os seis itens das propostas mencionadas acima, o conjunto das entidades convocará imediatamente uma Assembleia Geral com todos os trabalhadores da Saúde, na qual poderá ser deliberado nova greve geral.

Próximos passos
Ficou decidido também que os trabalhadores estarão no próximo dia 11 em Brasília em um ato pelo dia da enfermagem. Na ocasião, os sindicatos entregarão um dossiê denunciando as precariedades da Saúde em Goiânia ao Conselho Nacional de Saúde e na ouvidoria do Ministério da Saúde.

No dia 13, a categoria se reúne com vereadores de Goiânia em uma visita ao Pronto Socorro Psiquiátrico Wassily Chuc — que tem sido alvo de denúncias devido à precariedade da estrutura física — e no dia 14 vão ao Tribunal de Justiça protestar contra a decisão judicial que determinou que apenas 10% dos servidores poderiam permanecer em greve.

Além disso, ficou definido ainda que no dia 29 de maio os trabalhadores vão participar do “dia D” da greve geral no Brasil contra a PL da Terceirização e as MPs 664 e 665 do ajuste fiscal do governo Federal.

Soego com Sindsaúde

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