Estado: Greve na Saúde colhe as primeiras vitórias

Ao iniciar um movimento forte, crescente e unitário, a greve da Saúde mostrou que enquanto o Governo de

Ao iniciar um movimento forte, crescente e unitário, a greve da Saúde mostrou que enquanto o Governo de Goiás continuar insistindo em aplicar ajuste fiscal no bolso dos servidores a greve tende a ser ampliada, paralisando as 56 unidades e atingindo os 9 mil trabalhadores que estão na ativa.

Percebendo a força que a união da categoria tem diante de qualquer processo de greve, o governador Marconi Perillo – que está em missão comercial no Canadá e Estados Unidos – acabou recuando e solicitou a revogação do Decreto 8.747 que limitava o quantitativo de servidores da Saúde em receber o Prêmio de Incentivo (Produtividade).

Além disso, o governador pediu também que o Projeto de Lei 2759/16 – de sua autoria – fosse retirado da Assembleia Legislativa e remetido ao seu local de origem, na Casa Civil. O projeto visava reduzir e até extinguir o pagamento da produtividade. (Confira aqui a nota do governo na íntegra)

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES) toda essa sinalização do governo, foi por conta da forte pressão dos servidores, que acabou afetando o sistema de atendimento nas unidades. A SES informou que “governador Marconi Perillo coordenará o trabalho pessoalmente” no processo de negociação com as entidades representativas dos servidores.

Desconfiados da promessa do governador, que já voltou atrás várias vezes quanto ao cumprimento da Lei 14.600 que prevê o pagamento da produtividade, os trabalhadores não se intimidaram com a proposta da governadoria e decidiram manter a greve em todo o Estado.

“A greve está mantida! Nosso movimento é crescente e não vamos cair na lábia do governador. Sua palavra e um risco n’água é a mesma coisa. Uma prova disso foi a reunião que os sindicatos participaram com o governador. Na ocasião, ele tinha prometido que não iria mexer na produtividade e quando nos demos conta já havia um projeto tramitando na Assembleia que reduzia o nosso direito”, afirmou Flaviana Alves, presidenta do Sindsaúde.

Segundo ela, 40 unidades já aderiram a greve e 2.300 servidores estão com suas atividades paralisadas em decorrência do movimento, que cobra reposição da data-base, cujas perdas ultrapassam 48%, além do não cumprimento do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos.

Caminhada

Servidores estaduais e federais percorreram, em protesto, trecho entre a Praça Cívica e a Assembleia Legislativa de Goiás. (Foto: CUT-GO)

Servidores estaduais e federais percorreram, em protesto, trecho entre a Praça Cívica e a Assembleia Legislativa de Goiás. (Foto: CUT-GO)

Com o propósito de dar visibilidade ao movimento e integrar a luta com os servidores da educação e do funcionalismo público federal, o movimento participou do Dia Nacional de Paralisação contra o maior roubo de direitos dos trabalhadores.

Centenas de trabalhadores saíram em caminhada rumo à Praça Cívica e pelas principais ruas do centro da capital com o intuito de alertar a população sobre a política de retirada de direitos colocados em prática em Goiás e no Brasil.

Fonte: Sindsaúde-GO

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