Todos estão cientes dos efeitos da recente Reforma Trabalhista na vida dos trabalhadores brasileiros e, em especial, na sobrevivência de suas entidades representativas – sindicatos, federações e confederações. A mudança na forma de pagamento da contribuição sindical tem alcançado o objetivo do governo e dos patrões: enfraquecer e até eliminar a representação dos trabalhadores.
Lamentavelmente, a categoria odontológica parece ainda não ter se dado conta de que o momento econômico difícil pelo qual passa o país reflete-se fortemente em nossa atividade. É um cenário, portanto, em que mais do que nunca precisamos de sindicatos fortes e bem estruturados se quisermos preservar direitos e condições dignas de vida, seja nossa atuação no setor público ou na área privada. Infelizmente, no entanto, estamos vendo a maioria de nossas entidades caminhando para a falência!
O enfraquecimento do movimento sindical é um retrocesso sem igual na história do País. O sindicato é a única entidade representativa de trabalhadores com previsão constitucional. É um instrumento de reivindicação e de lutas específicas, que não podem ser abarcadas por outras entidades que, obviamente, também têm sua importância. É o sindicato quem negocia melhorias salariais, conquista e fiscaliza o respeito a direitos trabalhistas, luta por condições dignas de trabalho, negocia com as empresas de convênios e credenciamentos, defende os aposentados e se opõe aos ataques à Previdência, entre outras ações.
Temos hoje, no Brasil, cerca de 65% dos cirurgiões-dentistas trabalhando em planos odontológicos, 24% no serviço público e uma gama de outros vínculos empregatícios. Faculdades são abertas a toda hora, milhares de profissionais são jogados anualmente no mercado de trabalho. O responsável por organizar e defender a todos é o sindicato.
A categoria não pode, assim, abrir mão desse instrumento, principalmente num momento em que as perspectivas para a classe trabalhadora são sombrias e incertas. Da mesma forma, as entidades coirmãs não podem voltar as costas para nossos sindicatos. Cada uma tem seu papel no cotidiano do cirurgião-dentista, e o fim de qualquer uma delas seria um prejuízo irreparável para toda a classe odontológica.
Portanto, é responsabilidade de cada um de nós não deixar que nossos sindicatos deixem de existir!
SE VOCÊ AINDA NÃO É SINDICALIZADO, PROCURE SUA ENTIDADE O QUANTO ANTES! SUA FILIAÇÃO É IMPRESCINDÍVEL PARA ATRAVESSARMOS ESTE MOMENTO DIFÍCIL!